quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Escolher entre Luz e luzes !!!

Em dias como estes, onde vislumbramos a informação e costumes "escorrerem" pelos dedos de nossas mãos, somos impactados por uma "avalanche" de novidades que, invadem nossas vidas. E, claro que isso vem alimentar e transformar tudo o que dantes tínhamos presenciado. A Igreja, de uma forma geral, não está isenta disso. Nos parece, que o show Business invadiu nossos cultos e eventos evangélicos. Hoje, em determinados ministérios, há um investimento massivo para equipar os templos com novas tecnologias, e algumas entre elas, são as mesmas utilizadas em casas de shows  e espaços para diversão e lazer.

De ambos os lados, conservadores e "inovadores", têm seu motivos e justificativas para manter suas posições; os conservadores informam que a Casa de Deus não deveria se utilizar de tamanha tecnologia para dar suporte à liturgia. A ala mais moderna insiste que, "os tempos mudaram" e que, qualquer comunidade deve acompanhar e se adequar para a realidade do século 21.  E você caro leitor, qual é sua posição?

Precisamos entender de forma consciente e, madura o suficiente para enxergarmos a realidade que já está diante de nossos olhos. É certo que os "tempos mudaram" mas, será que a adoração, liturgia, enfim tudo, que se pratica em Nome do Eterno precisa de uma mudança tão profunda?

Sabemos que hoje há uma infinidade de ministérios e abordagens e, principalmente daqueles que são totalmente autônomos e independentes mas, se Igreja é o corpo de Cristo, será que este corpo está ajustado e compartilhando a visão? Provavelmente não!

Tentando de forma humildade e, reconhecendo as individualidades de cada ministério, proponho um olhar diferenciado sobre a questão. Percebemos ao longo dos anos que, os serviços prestados na Igreja, seja qual for ele, está perdendo sua essência. De uma forma crítica e pessoal, vejo que o foco, principalmente dos louvores tem mudado muito e, isso graças às grandes gravadoras e corporações fonográficas que dependem de muito do "lucro".
Veja que, com o passar do tempo, a abordagem em muitos casos (muito mesmo) deixou de ser cristocêntrica e, passou radicalmente para antropocêntrica (centrada no homem). O foco é muitas vezes o membro, as pessoas, os visitantes, como se Igreja fosse restaurante "self-service". O pensamento que, em tudo precisamos agradar nossa "clientela" a qualquer custo, mesmo que transgredindo princípios teológicos, está com certeza fora dos planos de Deus.

Vejamos algo que, pode nos ajudar sobre o assunto: livro de apocalipse, capítulo 4. Neste intrigante capítulo é revelado ao evangelista coisas sobre o trono de Deus e, é importante perceber que, ali está o comando do próprio Deus e por este motivo deve ser o modelo para todos os cristãos.

Nesta passagem bíblica, a João é revelado um pouco da Liturgia Divina. Por exemplo, os vinte quatro anciãos assentados sobre vinte e quatro tronos, com vestes brancas e com "coroas de ouro sobre suas cabeças". Isso significa reconhecimento divino, posição de honra e poder dadas  e estabelecidas pelo Eterno. Porém, no momento de adoração plena, os vinte e quatro anciãos "lançam suas coroas". Todo a honra dada a esses anciãos é transferida para Aquele que é Digno de recebe-la. Também é apresentado em visão ao autor do Livro de Apocalipse, os quatro "seres viventes". Estes, que tem quase a mesma descrição em Ezequiel capítulo um, estão em posição de honra; porém, seu trabalho nesta visão gloriosa é unicamente esta: Santo, Santo, Santo; uma adoração unicamente voltada para o Senhor Glorioso.

Precisamos voltar ao Evangelho que é centrado em Cristo, tendo uma adoração cristocêntrica. Em nossos cultos precisamos substituir nossa abordagem centrada no homem, com um market-ismo gospel que, "passa longe" da essência genuína cristã. Então o que fazer agora? Tiramos todo equipamento dos templos, as luzes, o marketing agressivo de divulgação? Não! Porque o foco estaria errado da mesma maneira.

O mais importante e essencial, é colocar e projetar os holofotes de nossos corações em Jesus Cristo; que o palco adornado e preparado sejam nossas vidas, que deve ser em "sacrifício santo e agradável a Deus". O foco em Jesus nos afasta de qualquer "deslise" em nossos pressupostos teológicos.

Voltemos ao Evangelho !!!! Que a luz que brilhe em nossos cultos seja a Luz Eterna - JESUS CRISTO.

Marcos Reginaldo Caldeira
27/01/2016


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O TRONO DE DEUS





"O céu aberto não apenas libera acontecimentos, mas também entendimento"


O Capitulo quatro do livro de Apocalipse revela a "sala de comando" do Universo. Em visão gloriosa o evangelista João descreve o Trono, séquito de todo poder, e adoração. Neste cenário são descritos o objeto da adoração, atos da adoração e palavras da adoração em um momento sublime de louvor ao Eterno Senhor Deus. Presentes estão os vinte quatro anciãos, os quatro seres viventes e o Espírito Santo com um único objetivo: dar glória, e honra, e ações de graças ao que está assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre. 

O evangelista é arrebatado em espírito, ou seja, em visão ao céu e, o trono do Poder é revelado em sua majestade. João está atônito, a mesma voz que falara com ele no principio da revelação, agora o convoca e convida - "Sobe aqui". 

Somente uma coisa João não pode descrever em sua forma original: o próprio Deus. Por isso, o autor de Apocalipse descreve Seu esplendor e Seu furor de forma figurativa, se utilizando de pedras para representar sua essência e sua obra. "E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda (4:3)".

Jaspe, a pedra mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma poluição; Sardônio, a pedra de cor vermelha (justiça) a mais translúcida que existe. Isto descreve a essência e carácter de Deus - Santidade e Justiça. 

Acima de tudo, a revelação do capítulo quatro do Livro de Apocalipse aponta e descreve a esperança Naquele que tem o controle de todas as coisas. A Igreja precisa conhecer e ter a certeza de que o autor e consumador de nossa Fé está se declarando com a vitória certa sobre e, com o Seu povo, fortalecendo a "Noiva de Cristo" para os momentos difíceis da caminhada e obra. Viktor Frankl, autor da Logoterapia, se utiliza da frase de Nietszsche para estruturar sua psicologia existencial - "Quem tem um porquê para viver, suporta qualquer como" .



Marcos Reginaldo Caldeira
26/01/2016